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Veja como identificar um boleto falso e saiba fugir desse golpe

Veja como identificar um boleto falso e saiba fugir desse golpe

Publicado em 8 de Junho de 2018
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O boleto é uma das formas de pagamento mais comuns da atualidade, podendo ser impresso em qualquer impressora caseira, o que facilita as compras via internet.

Contudo, é preciso tomar alguns cuidados, pois esses documentos também são alvos de pessoas mal-intencionadas. Estas ganham dinheiro sem enviar nenhum produto ou prestar nenhum serviço.

Acompanhe o post e saiba mais sobre boleto falso e como evitar que você caia nesse golpe!

A incidência de boletos falsos

Anualmente, são gerados, aproximadamente, 3,5 bilhões de boletos no Brasil. Esse volume elevado favorece a ação criminosa de hackers e estelionatários, que aproveitam para adulterar e fraudar documentos virtuais e físicos.

Devido à grande quantidade de boletos emitidos (que é 17 vezes maior que a população do país), torna-se muito mais difícil controlar a autenticidade deles.

Até pouco tempo atrás, apenas boletos com valores superiores a R$ 50 mil eram fiscalizados. Desde setembro de 2017, os documentos com valores superiores a R$ 2 mil passaram a ter uma dupla verificação a fim de evitar fraudes.

Trata-se da nova plataforma de cobrança das redes bancárias, desenvolvida pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Ela já contempla também boletos de valores menores, como de R$ 500 e R$ 200.

O funcionamento da nova plataforma

Essa nova plataforma de cobrança traz, sem dúvida, muitas vantagens aos consumidores. Uma delas é a segurança. Outra é a maior facilidade para pagar boletos. Além disso, também é possível evitar o envio de documentos que não foram autorizados.

Quando o consumidor, que tanto pode ser uma pessoa física quanto uma pessoa jurídica, realiza o pagamento de um boleto, até mesmo vencido, tem início uma checagem das informações na base da nova plataforma, que centraliza os dados.

Caso haja compatibilidade entre os dados registrados no sistema e os do documento, é validada a transação. Do contrário, o pagamento não é liberado e o consumidor deverá realizá-lo somente no banco emissor.

A verificação é feita apenas em boletos com registro.

Os cuidados com boletos da internet e enviados pelos Correios

As pessoas mal-intencionadas costumam agir principalmente usando sites maliciosos, por meio dos quais enviam contas falsas para os consumidores. Por isso, o Procon de São Paulo alerta para se desconfiar de links ou de arquivos que são enviados por e-mail. Quando isso acontecer, o consumidor deve confirmar a autenticidade dos boletos anexados com a própria empresa, supostamente emissora desses documentos.

Quando recebem uma cobrança em casa, as pessoas costumam verificar somente a data de vencimento. É importante confirmar também dados pessoais, como CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) e endereço. Esse erro pode custar muito caro. Para pessoas físicas, identificar um boleto falso é mais simples, porque elas podem facilmente checar o que compraram ou não.

Em empresas, o golpe é mais difícil de ser desmascarado. O boleto ou a fatura é enviado para o departamento financeiro, que nem sempre conhece todas as compras da organização. Quando o documento se refere à hospedagem ou ao registro de domínio, o gestor da área considera que o pagamento deve ser realizado o mais rápido possível.

Uma cobrança que foge ao planejamento da empresa deve ser bem avaliada. É importante confirmar o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) e se os nomes aproximam-se do registro de domínios nacionais (Registro.BR), cujo cedente é a NIC.br.

Diante de dúvidas, o gestor deve orientar sua equipe, esclarecendo os profissionais sobre como analisar os boletos para não serem enganados. Sempre que for contratado outro serviço, é necessário avisar o setor de finanças, que também deve informar caso surjam cobranças não previstas.

Uma vez que as empresas que cometem fraudes costumam usar logotipos e nomes semelhantes aos das organizações reais, vale a pena ligar para a verdadeira fornecedora, em caso de desconfiança, e confirmar o envio do documento. Fique atento também a erros de digitação no nome da pessoa, por exemplo.

A Caixa Econômica Federal, que é uma das instituições financeiras que mais emite boletos no país, criou uma cartilha para orientar as pessoas a não caírem em golpes desse tipo.

A identificação de boletos falsos

Considerando que os boletos falsos são emitidos e enviados com frequência, a Robotton optou por contratar a inteligencia artificial, como meio de comunicação com os bancos, a fim de gerar os documentos de cobrança através da criptografia.

A administradora fomenta ainda que os condôminos escolham o recebimento dos boletos, exclusivamente eletrônico, evitando postagens pelo Correio, o que pode incitar em oportunidade de substituição do documento original.

Um documento autêntico deve apresentar: CNPJ; banco emissor; agência/código cedente.

O consumidor deve conferir sempre esses dados e, caso eles não estejam corretos, não deve efetuar o pagamento.

As pessoas que agem de má-fé costumam esconder, com certos caracteres, algumas informações, como o nome da agência/código do cedente.

É importante conhecer os parâmetros de cada instituição financeira e sua unidade (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco). Consultar o site de cada uma e conferir esses parâmetros é uma forma de se precaver.

Os códigos de barras de boletos falsos também não são reconhecidos pelo leitor óptico, na maioria das vezes, levando o consumidor a digitar os algarismos.

Porém, tal processo pode ser mais prático e ágil se o próprio condômino realizar a atualização do boleto no site do banco emissor, mediante informações do código de barras do documento original, mesmo que este esteja vencido.

Ações a serem tomadas após o pagamento de um boleto falso

O consumidor que for enganado pode entrar em contato com o banco ou com a empresa emissora dos boletos e relatar o que aconteceu. A devolução do dinheiro não é muito fácil, mas é possível.

Convém registrar o BO (Boletim de Ocorrência). Algumas pessoas chegam a entrar com ação judicial contra o banco emissor, considerando que ele deve tomar uma providência, já que a falsificação implica em acesso a dados pessoais que foram disponibilizados somente para a instituição, pelo menos naquela transação específica.

De qualquer modo, a melhor atitude contra as fraudes é a prevenção. Evitar ser enganado é sempre a opção mais garantida que, depois do acontecido, tentar reaver o dinheiro ou remediar a situação.

Você já foi vítima de boleto falso? Sabe como identificar fraudes nesse sentido? Costuma contatar a empresa ou banco emissor sempre que tem dúvidas em relação a boletos? Faça seu comentário!

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