A inadimplência em condomínios é um dos principais problemas enfrentados por administradores e assessorias.
Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), do Sesc e do Senac, divulgados em 2022, o percentual de famílias com contas em atraso subiu para 30,3% no Brasil.
Já a taxa média de inadimplência condominial gira em torno de 15% no país. Continue a leitura para saber como funciona a dívida, de que forma ela impacta nas finanças do condomínio, além de maneiras para solucioná-la!
Entenda tudo sobre a inadimplência em condomínios
A falta de pagamento da taxa de condomínio pode trazer consequências para o devedor e para o empreendimento. Para o condômino devedor, normalmente são:
- Multa de 2%;
- Juros de 1% ao mês;
- Correção monetária;
- Proibição de votar em assembleias;
- Possível cobrança judicial;
- Possível penhora de bens, incluindo o próprio apartamento, mesmo que seja único bem de família.
Porém, vale lembrar que, durante o período que o morador estiver inadimplente, ele pode usar as áreas de lazer normalmente e não deve passar por nenhum constrangimento, bem como ser cobrado em público.
Para o empreendimento, a falta de pagamento pode trazer consequências graves, como o rateamento de despesas, como folha de pagamento de funcionários, água, luz e serviços de manutenção, que podem prejudicar a estrutura e a vivência nele.
Além disso, os moradores que pagam em dia podem sofrer com possíveis aumentos na taxa condominial, a fim de suprir os inadimplentes. Isso pode gerar conflitos e desgastes internos entre os moradores.
Como funciona a dívida para o inadimplente
O condômino, de imediato, será notificado e terá um prazo para quitar a dívida. Neste momento, já é previsto por lei que pode ser cobrado multa de 2%, além de juros de 1% ao mês e correção inflacionária. Após isso, caso ainda não seja pago, o empreendimento pode tentar uma negociação amigável antes de entrar com uma ação judicial.
Vale lembrar que o recomendado é sempre tentar fazer um acordo quanto antes. Assim, evita-se o acúmulo de juros e custos com ação judicial.
Caso seja necessário entrar com uma ação judicial de cobrança, o processo pode ser longo e, ao final, as consequências para o devedor são bastante duras.
Para este tipo de ação, descontos não são permitidos e o tribunal fornece um prazo máximo para o pagamento da dívida. Caso não ocorra dentro do prazo, o condomínio pode penhorar os bens, como o próprio imóvel e automóveis, por exemplo. Os itens vão a leilão e o valor é usado para quitar a dívida.
7 dicas de como reduzir a inadimplência em condomínios
Definir régua de cobrança
Esta é uma estratégia para reduzir o índice de inadimplência por meio de um mapeamento de processos, onde o síndico desenvolve ações, como, por exemplo:
- Código de pagamento do boleto por SMS;
- Confirmação de pagamentos efetivados;
- Lembretes com a data de vencimento do boleto;
- Agradecimento pela efetivação de pagamentos.
Essas ações podem ser realizadas via WhatsApp, SMS ou aplicativos de gestão de condomínio.
Estabelecer estratégias para redução da cota condominial
A redução da mensalidade não pode ser ajustada sem a ajuda dos condôminos, ou seja, ações em conjunto para economizar nas despesas. Podem ajudar:
- Economia de água e energia elétrica;
- Novas negociações com fornecedores;
- Exclusão de horas extras na jornada de trabalho dos funcionários;
- Investimentos em soluções tecnológicas, como portaria remota.
Com a diminuição das despesas do condomínio, há também o aumento do valor de mercado do empreendimento, atraindo mais pessoas interessadas em investir no imóvel.
Conscientização dos moradores
Para todas as ações em um empreendimento onde há muitos indivíduos é necessário a compreensão destes para com as suas responsabilidades.
O pagamento em dia é fundamental para o bom funcionamento do ambiente, comona manutenção da limpeza, conservação, segurança das áreas em comum e, claro, para o pagamento dos funcionários.
O programa de conscientização deve deixar claro todas as consequências que podem ocorrer tanto para o meio comum, como para a permanência do indivíduo devedor no ambiente.
Utilizar DDA
O DDA (Débito Direto Autorizado) é uma forma de diminuir a inadimplência porque, por meio dele, os moradores recebem o boleto diretamente na conta-corrente e saldam a dívida sem a necessidade de impressão.
Porém, não se trata de uma solução automática, o morador deve autorizar que o pagamento seja efetuado.
Permitir o pagamento automático no cartão de crédito
Para implementar, o condômino precisa cadastrar os dados de seu cartão de crédito para que a taxa mensal seja cobrada no automático, como acontece com outros serviços de streaming de música, filmes, contas de água, luz e, até mesmo, de telefone.
Realizar cobranças e propor acordos de forma rápida
Este é o lema: quanto mais simples, melhor.
É importante que, para os condôminos que preferem pagar por boleto, por exemplo, este seja acessível e fácil de ser adquirido.
Um software de gestão pode ser útil para a administração de condomínios, para facilitar a emissão de primeira e segunda via, permitindo que o indivíduo tenha autonomia ao acessar seus boletos por onde quiser.
Para os que estão com dívidas, o síndico também deve ter acesso à situação financeira do condomínio para identificar os moradores adimplentes e inadimplentes e, assim, tomar ações rápidas que assegurem o pagamento e a negociação do débito, para evitar possíveis prejuízos.
Contratar uma empresa de cobrança
Possuir uma assessoria para ajudar nas questões jurídicas do condomínio evita muitas dores de cabeça. A contratação de uma empresa de cobrança para inadimplência em condomínios é indicada quando a taxa está acima de 20%.
Ela fica responsável por conferir pagamentos e, também, cobrar dívidas e evitar as inadimplências e suas complicações.
Contar com suporte de especialistas pode fazer grande diferença na regularização das dívidas, pois o síndico tem maior chance de manter um bom relacionamento com os moradores que não pagam em dia e se preocupar com outras demandas do meio.
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A Robotton é a primeira administradora de condomínios do Brasil a conquistar a certificação ISO 37001, atestada pela RINA - Empresa Global Detentora do Credenciamento, que garante que o condomínio tenha uma gestão pautada por padrões e normas internacionais anticorrupção.
Há mais de 50 anos no mercado de administração de imóveis, a empresa tem sólida experiência na gestão de empreendimentos e na conexão entre proprietários e locatários, podendo ajudar a reduzir ou, até, solucionar a inadimplência em condomínios.
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