Administrar um condomínio não é tarefa simples. Ser síndico implica em diversas obrigações e adversidades. Entre os problemas mais frequentes, a inadimplência destaca-se como um dos maiores desafios. A taxa média de inadimplência condominial no Brasil gira em torno de 15%, e quando negligenciada, pode gerar impactos severos tanto para o condomínio quanto para os moradores.
Vamos abordar aqui as consequências para o condomínio e para os condôminos inadimplentes e apresentar soluções para minimizar os riscos de inadimplência.
Leia também: O que prevalece em um condomínio: Convenção, Regimento Interno ou Código Civil?
Impactos no Condomínio
A inadimplência afeta diretamente o funcionamento do condomínio. Eventuais atrasos na arrecadação podem comprometer:
- Pagamentos essenciais: Salários de funcionários, contas de consumo e manutenções preventivas.
- Aquisição de materiais: Itens básicos podem faltar, prejudicando o bem-estar coletivo.
- Manutenção de equipamentos: Falta de inspeção preventiva pode levar a falhas graves, como o comprometimento de motores de portões, afetando a segurança.
A falta de recursos também pode desvalorizar os patrimônios dos proprietários, causar negatividade no CNPJ do condomínio e afastar fornecedores confiáveis.
Impactos para os condôminos
Para os moradores inadimplentes, as consequências incluem:
- Multas e juros: Aplicados conforme a convenção condominial, com multa de 2% e juros de até 1% ao mês.
- Restrições em assembleias: Perda do direito de votar ou ser votado.
- Protesto de débitos: Formalização da inadimplência, com registro em cartórios, SERASA ou SPC.
- Penhora de bens: Em casos extremos, bens como automóveis ou o próprio imóvel podem ser leiloados para quitar dívidas.
Vale lembrar que o condomínio tem preferência na hora de receber valores em atraso, mesmo quando o morador possui outras dívidas.
Como minimizar os riscos de inadimplência no seu condomínio
Algumas ações podem diminuir os riscos de inadimplência no condomínio, permitindo a esse manter a saudabilidade da gestão financeira. Algumas delas são:
Divulgue a lei sobre inadimplência
No Código Civil o artigo 1.336 se ocupa em relatar os deveres dos condôminos, o qual deixa bem claro as obrigações com a contribuição de cada um nas despesas. Por meio disso, a consciência das implicações consequentes ao atraso nas taxas condominiais passa a ser mais disseminada por todos, tornando a obrigatoriedade do pagamento até o vencimento, uma relação de responsabilidade social.
Faça acordos da melhor forma possível
Parcelar dívidas é uma alternativa eficiente para ajudar condôminos inadimplentes. Contudo, o síndico deve respeitar limites e evitar perdão de multas ou juros sem aprovação em assembleia.
Realize uma previsão orçamentária assertiva
Manter taxas condominiais ajustadas para cobrir despesas recorrentes e formar um fundo de reserva é essencial. Uma cobrança justa reduz os riscos de inadimplência.
Acompanhe e organize rigorosamente as contas
Monitorar a inadimplência com ferramentas como o RobottonLine ajuda a manter controle. Esse aplicativo permite:
- Visualizar gráficos sobre unidades inadimplentes
- Acompanhar cobranças realizadas e boletos em atraso
- Organizar dados financeiros de forma clara e acessível.
Conscientize os moradores sobre a importância de manter o condomínio em dia
Educar os condôminos sobre a importância das taxas condominiais para o funcionamento e valorização do empreendimento é essencial. Transparência no uso dos recursos também fortalece a confiança.
Lidar com a inadimplência condominial requer estratégias eficazes e organização. Medidas como previsão orçamentária, acordos com inadimplentes e o uso de ferramentas de gestão financeira ajudam a manter o equilíbrio das contas.
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