Desde o início da pandemia causada pelo novo Coronavírus, em março de 2020, a população mundial passou a enfrentar uma realidade diferente. Medidas de prevenção à disseminação do vírus, isolamento social, comércios fechados, toda nossa rotina mudou. E, isso não foi diferente nos condomínios.
Com isso, as responsabilidades do síndico aumentaram. Lidar com as questões de saúde, conflitos entre vizinhos, reclamações pelo fechamento das áreas comuns, aumento da inadimplência, são alguns dos fatores que sobrecarregaram os ocupantes desse cargo tão importante na vida condominial.
A convivência
A convivência forçada de pessoas tão diferentes, nas quais o único ponto comum é o local onde moram, aliada ao cansaço e estresse causado pela pandemia, aumento o número de conflitos entre condôminos.
Música alta, televisão alta, crianças correndo pelas unidades e nas áreas comuns, conversas, tudo se transforma em motivo para atrapalhar a convivência. E, de quem é a responsabilidade de gerir esses conflitos? Sim, dele mesmo. O síndico.
Antes da pandemia, os problemas eram pontuais, e principalmente aos finais de semana. Hoje, com as pessoas trabalhando em casa, se tornaram contínuos. Enquanto uns precisam participar das chamadas de vídeo, os outros querem ouvir música, ou brincar com seus filhos. E, cabe ao síndico tentar estabelecer a ordem no condomínio para que os conflitos sejam minimizados.
As obras
Anteriormente, o que parecia não incomodar tanto, afinal na maioria dos condomínios as obras só podem ser realizadas no horário comercial, hoje virou um tormento. Muitas pessoas estão aproveitando o tempo em casa para fazer melhorias em suas unidades, ou, até mesmo adaptando-as para a nova realidade. Felicidade de quem finalmente conseguirá mudar aquele espaço que há tempo incomodava, infelicidade daqueles que estão trabalhando em casa.
O barulho de furadeira, marteladas, e afins, se transformaram num martírio para os condôminos. O que fez as reclamações para o síndico aumentarem significativamente. Alguns optaram por reduzir o horário permitido para reformas ou consertos, mas, isso não é uma regra. Uma vez que a convenção já possui uma determinação para isso. Ou seja, mais problemas para o síndico resolver.
As medidas preventivas de disseminação do Covid-19
Além dos problemas acima citados, o síndico se deparou com mais uma questão sensível. O desrespeito às medidas de segurança e saúde para conter a disseminação do novo Coronavírus nos condomínios. Muitos condôminos se recusam a usar máscara nos espaços comuns, ou seguir orientações para o uso do elevador, por exemplo.
Tal ponto, também deve ser administrado pelo síndico. Que se vê obrigado a intensificar as comunicações acerca do tema, e, tentar encontrar soluções, dentro das normas do condomínio para controlar o problema. O que os condôminos precisam compreender é que as restrições impostas para a população, também podem ser aplicadas nos condomínios.
A inadimplência
Talvez o ponto que mais preocupe os síndicos, e que fazem suas responsabilidades crescerem, é o aumento da inadimplência nos condomínios. Com as limitações do funcionamento do comércio, causadas pela pandemia, muitas pessoas perderam seus empregos ou tiveram seu salário reduzido.
Esse impacto na renda familiar, afetou diretamente a saúde financeira do condomínio. Os condôminos afetados tiveram que escolher quais contas manter em dia, e a taxa condominial acabou não se tornando uma prioridade. E, os síndicos têm, entre suas atribuições, administrar da melhor forma possível as finanças dos condomínios e tentar, na medida do possível, minimizar a inadimplência.
Além do aumento da inadimplência, o condomínio se viu diante a alguns fatores que aumentaram as despesas, como a aquisição, em maior volume, de produtos e materiais de limpeza para a adequação da higiene das áreas comuns.
Nesse contexto, houve a necessidade do síndico readequar as contas do condomínio visando a sustentabilidade financeira da edificação.
Com a pandemia, os síndicos têm se deparado com as mais diversas situações que aumentaram suas responsabilidades. A complexidade da função cresceu, não basta nesse momento boa vontade, é preciso se impor dentro dos limites da função.
Se no condomínio que você, síndico administra, o número de conflitos segue crescentes, você pode gostar de ler este outro conteúdo que preparamos. Conflitos em condomínios, qual a melhor forma de geri-los?