A taxa média de inadimplência condominial no Brasil, por exemplo, gira em torno de 15%. O que poucos pensam é que se grande parte dos condôminos deixa de pagar, oneram ainda mais aqueles que mantém suas contas em dia. Sem um controle rigoroso, a inadimplência em condomínio pode atingir um grau preocupante e passar a atrapalhar toda a administração.
Fazer uma boa gestão financeira pode ser complicado para o síndico caso enfrente a situação de ter condôminos inadimplentes, por exemplo. Os motivos pelos quais as pessoas permitem que isso aconteça são tão variados quanto às consequências que a inadimplência pode trazer para a rotina de um condomínio.
Mas como um síndico pode enfrentar o desafio de lidar com condôminos inadimplentes?
No Código Civil o artigo 1.336 se ocupa em relatar os deveres dos condôminos, o qual deixa bem claro as obrigações com a contribuição de cada um nas despesas. Por meio disso, a consciência das implicações consequentes ao atraso nas taxas condominiais passa a ser mais disseminada por todos, tornando a obrigatoriedade do pagamento até o vencimento, uma relação de responsabilidade social.
Uma das obrigações do síndico é prestar contas para todos os condôminos a respeito da situação financeira, até o esclarecimento dos porquês de alguns problemas estarem ocorrendo na rotina do prédio, como a falta de algum serviço ou a redução da disponibilidade de algum material.
Contudo, é importante que essa atividade seja feita com cautela, principalmente quando as contas estiverem sendo influenciadas por falta de contribuições condominiais que não estão sendo saldadas.
Uma das formas de enfrentar o furo nas contas é a busca de acordos com os devedores, sendo o parcelamento de dívidas, o mais comum, por ajudar quem quer pagar a fazê-lo de uma maneira que não prejudique tanto as finanças pessoais.
Contudo, há algumas considerações a serem feitas na hora de firmar um acordo. Uma delas é que o síndico não pode diminuir o valor da dívida e nem perdoar os juros e multas que correram até o dia do acordo, salvo se uma decisão em assembleia determine o cancelamento ou redução de parte dos juros para seguir com o orçamento em azul.
Lembre-se que o condomínio não é instituição financeira, assim é prudente que o acordo não tenha longo prazo, até mesmo para não influenciar na formação de novos devedores.
Uma ótima forma de conseguir diminuir a inadimplência é criar eventos para a discussão de tipos de acordos que podem ser feitos, para que os condôminos fiquem cientes de que há alternativas para acabar com o problema e sair da situação de inadimplente.
Também podem ser organizadas reuniões individuais com as pessoas nessa situação, e estas têm a possibilidade de ocorrer até mesmo na empresa contratada para fazer a cobrança dos inadimplentes.
Outra maneira de fugir das consequências que condôminos inadimplentes podem causar é trabalhar com o chamado "Condomínio Garantido". Essa opção garante o recebimento de 100% das receitas programadas, não deixando que uma pessoa ou mais prejudique o fluxo de caixa do condomínio. Seguem os maiores benefícios para este modelo de atuação:
- Arrecadação 100% do valor provisionado;
- Cobrança de inadimplentes por conta da contratada (administradora), sem incomodo ao síndico;
- Tranquilidade para executar o planejamento orçamentário;
- Fim dos transtornos causados pela inadimplência;
- Eliminação da antecipação das custas judiciais e despesas com honorários advocatícios ao condomínio.
Lidar com condôminos inadimplentes não é uma tarefa simples, porém, com essas dicas, esperamos que os resultados positivos apareçam rápido no lugar onde você mora.