Para que os moradores economizem tempo e dinheiro sem precisar deixar suas moradias para frequentar os espaços de lazer, a área comum se tornou usual nos condomínios, com o objetivo de trazer segurança, praticidade e conforto.
A administração desse espaço varia de empresa para empresa. Sendo assim, alguns condomínios contam com piscinas e quadras para esportes, enquanto outros vão mais além, focando em espaços para crianças e áreas bastante atrativas para adultos.
Sala de jogos variados, boliche, salão de festas, pista de skate e até mesmo mercadinhos. Há várias opções para quem deseja se divertir. Entretanto, sem uma boa administração da área comum, o que é para ser uma tarefa ligada à diversão pode se tornar um desastre.
A responsabilidade de efetuar a gestão da área comum pertence ao síndico. Ao definir um conjunto de regras, tendo sempre a concordância da maioria dos moradores em assembleia, este deve prezar pela execução das normas.
Essa tarefa não é nada fácil, aliás, lidar com pessoas de todos os tipos requer cuidados e procedimentos em busca da harmonia e do bom convívio. Por isso, no post de hoje, mostraremos práticas fundamentais que, quando aplicadas, favorecerem a boa gestão desse espaço. Acompanhe!
Antes de tudo, a criação das regras de uso da área comum precisa ser o alvo inicial. Sem elas, é impossível estabelecer uma organização igualitária e sem problemas. Portanto, caso já existam normas, o ideal é reavaliá-las, buscando conferir se elas cobrem todas as possíveis dificuldades de convivência nos espaços de lazer.
Quesitos como o horário de funcionamento, número de pessoas permitidas e volume de som precisam ser não só bem definidos, mas também amplamente divulgados. O ideal é que os moradores não tenham dúvidas quanto à identificação das pessoas e vistorias para detectar possíveis danos.
O síndico precisa ser enfático e ativo, estimulando os moradores a se adequarem aos padrões. E, como todo descumprimento de norma resulta em penalidade, multas devem ser definidas.
Essas penalidades costumam atingir até cinco vezes o preço pago pela cota condominial e, em casos de repetição de comportamento inadequado e antissocial, até dez vezes mais do valor da cota.
Todas as regras de convivência desse tipo precisam ser definidas conforme a conveniência dos moradores. Além disso, a estrutura do condomínio também deve ser levada em consideração.
Existem locais que recebem um tratamento acústico capaz de abafar todo o ruído de uma festa. Assim, é possível permitir que eventos não terminem sempre às 22 horas.
Faça o que puder para manter as obrigações bem divulgadas. Como síndico, você pode investir em informativos periódicos, sinalizações, cartazes nos murais ou qualquer ação do tipo. Assim os moradores não poderão usar a desculpa de que não foram avisados em casos de descumprimento.
Todos devem ter o mesmo direito de utilização das áreas e equipamentos comuns, como os salões de festas, churrasqueiras e academias. Para que o uso coletivo seja feito em ordem, é necessário manter uma boa organização no agendamento.
O ideal é que exista um calendário que priorize a antecedência. Se ele puder ser on-line, melhor ainda! Caso os procedimentos no condomínio sejam muito manuais, pode criar um Livro de Ocorrência para as solicitações de reserva, as quais podem ser controladas pelo zelador ou outro responsável. O mais importante é que sejam feitas pelos proprietários liberados e que as informações referentes à utilização do espaço sejam sempre relembradas e acordadas entre ambos.
Se não for gerenciada com cuidado, a limpeza dos ambientes utilizados pode se tornar um grande problema para o síndico. Além de o local ficar sujo e propício ao mau cheiro e agrupamento de insetos, alguém pode reclamar posteriormente.
O cuidado com o estado de conservação da área comum precisa constar nas regras de convivência. Se o síndico revistar o local e identificar danos nas instalações, desaparecimento de utensílios e estragos em algum móvel, quem deve arcar com as consequências é o morador que utilizou o espaço.
O uso da área de lazer pode estar sujeito à cobrança de taxa de utilização para cobrir despesas como limpeza, luz, água, desgaste natural, entre outras. No entanto, além de o valor precisar ser deliberado em assembleia, é necessário ter cuidado. O bom senso é um aliado fundamental nesse caso.
O condomínio não pode, em hipótese alguma, promover eventos com cobrança de ingressos nos espaços disponíveis. Ainda que a convenção autorize, todo evento aberto ao público exige o cumprimento de regras de segurança, de prevenção contra incêndios e tipos de acidentes variados. Quem organizar algo do tipo poderá estar sujeito a penalidades, até mesmo o síndico.
Para o bem da organização e de um agendamento sem furos, a delimitação do espaço utilizado é essencial, principalmente em condomínios com áreas de lazer muito espaçosas.
Há casos em que o morador agenda o uso de uma quadra, mas, na hora marcada, quer utilizar duas. O mesmo acontece com as salas de jogos, espaços para eventos, home office e vários outros.
Para evitar esse tipo de problema, preze por clarificar as informações no momento da solicitação de reserva. Lembre-se sempre de que o horário, em que essas áreas poderão receber pessoas, precisa ser estabelecido em convenção antecipada ou em ata de reunião entre moradores.
Outra ação simples e importante para a boa gestão da área comum é se certificar de que os espaços permaneçam trancados quando não forem utilizados.
A fiscalização do espaço reservado é crucial para a boa administração, evitando-se problemas como moradores que não querem assumir a culpa pelos danos causados.
Uma boa dica para todo síndico é definir um checklist para verificação dos itens utilizados antes, durante e após os eventos. Crie uma lista com tudo o que precisa ser analisado quanto à limpeza e manutenção. O principal responsável por prevenir os problemas na área comum é aquele que administra o condomínio.
Para lidar com moradores que possivelmente desejam abrir uma ação judicial contra as regras do condomínio, ou algo do tipo, é bom ter um corpo jurídico conhecedor do desenvolvimento da convenção, assim será possível produzir um documento que exija o cumprimento das obrigações e assegure o direito dos moradores.
O síndico também precisa instruir sua equipe na monitoração tanto em inspeções presenciais quanto pelo circuito de câmeras na área comum. Somente pela fiscalização eficiente é possível se certificar de que as normas estão sendo, de fato, seguidas.
Gostou de conhecer nossas dicas para melhorar a gestão da área comum do seu condomínio? Então, confira nosso artigo sobre como verificar a limpeza de piscina e resolva esse problema de uma vez por todas!